09 abril 2010

O Caldeirão de Ações Culturais imperatrizense

Ricardo Magno - Repórter
Diego Leonardo - Editor


A ação cultural Imperatrizense se manifesta nas mais diversas formas e nos mais variados gêneros. Literatura, música, dança, pintura, fotografia, cinema, teatro, circo, arquitetura, escultura, artesanato, gastronomia e culinária. O município tem se destacado no surgimento, desenvolvimento, e até mesmo, na “exportação” de seus talentos.

Atualmente, Imperatrizenses destacam-se em outros estados do Brasil e no exterior: Jean Abreu, coreógrafo e bailarino, em Londres; Josué Bezerra/Yehoshua Maor, cientistas em Jerusalém e Boston; Henrique Barros, missionário, escritor e ator em Londres; Lília Diniz, escritora e atriz em Brasília; Lourival Tavares e Washington Brasil, cantores, compositores e músicos, em São Paulo; os irmãos Chiquinho França e Luís Carlos Dias, cantores, compositores, músicos e arranjadores, em São Luìs; Wilson Zara, cantor e músico, em São Luís; Carlinhos Veloz, cantor, compositor e músico, em Recife; Olívia Heringer (sul do País); Pollyanna, cantora e compositora de pop dance, em paises de língua espanhola; Lima Rodrigues e Marco Aurélio, jornalistas em Brasília; Brawnny Meirelles, fotógrafo, em São Paulo; Aurivaldo Farias de Carvalho Pacheco, o Vadinho, arquiteto, em São Paulo.

Literatura

É de 1972 o primeiro livro -- Eu, Imperatriz, de Edelvira Marques de Moraes Barros. Deste ano até meados de 2007, o jornalista, consultor e pesquisador Edmilson Sanches estima que já foram publicados pelo menos 500 obras, tanto em poesia quanto em prosa (livros técnicos e didáticos, romances, contos, crônicas, artigos, ensaios, literatura religiosa e de auto-ajuda). Sanches tem cerca de 400 obras imperatrizenses. O município conta com uma Academia Imperatrizense de Letras (AIL), fundada em 27 de abril de 1991. A instituição promove o “Prêmio AIL”, anual, patrocinado pela Prefeitura Municipal, que concede R$ 5 mil para autor de obra ou conjunto de produção literária, publicada ou não, que contribua para o desenvolvimento da cultura imperatrizense.

A Associação Artística de Imperatriz (Assarti) reúne filiados das diversas manifestações artísticas, entre os quais escritores, declamadores, teatrólogos e dramaturgos, que dão forma e movimento às produções literárias locais, regionais, nacionais e universais. A Fundação Cultural de Imperatriz (FCI) é uma instituição vinculada à Prefeitura de Imperatriz, e tem programas de apoio à produção e difusão literárias. A Universidade Estadual do Maranhão (Uema) tem um campus no município: o Centro de Estudos Superiores de Imperatriz (Cesi), e entre os diversos cursos destaca-se o de Letras, um dos mais antigos do Centro. Em nível de licenciatura plena, com habilitações em Língua e Literatura Portuguesa e em Língua e Literatura Inglesa.

Música

É de 1968 o primeiro disco gravado por um imperatrizense, o cantor Luís Paulo, que desde jovem se apresentava em bares e boates. Tratava-se de um LP, sigla pelo qual era conhecido o disco de vinil long-play (de rotação lenta e longa duração). Seja na música popular, clássica, folclórica e religiosa, a cidade tem sido berço, ninho, estufa e celeiro de talentos individuais: cantores, compositores, músicos (instrumentistas e regentes). E coletivos, como duplas sertanejas, trios, conjuntos, bandas e corais, academias de dança e ballet, grupos de danças de rua, de salão e folclóricas (entre as quais o cacuriá e o lindô). Há mais de 60 anos o Frei Segismundo criou uma escola de música, de onde surgiu uma banda. Registrem-se, ainda, Benedito Caxiense, compositor e saxofonista; os maestros Moisés da Providência e Mauro Cordeiro (o sargento Mauro); mestre Olavo do Violão, o único que tocava violão de sete cordas na região; as professoras de piano Sofia Oliveira e Adeliza Carneiro e o maestro Giovanni.

A Música Popular Imperatrizense (MMI) se destaca em qualidade e quantidade, com inúmeros representantes: Acássio Reis, Adriana e suas Adrenalinas (conjunto infantil), Adriana Melazo, Banda Baetz, Banda Fruta Mel, Carlinhos Veloz, Celim Galhães, César & Matheus, Charles Brown, Chiquinho França, Clauber Martins, Deive Campos, Dumar Bosa, Ed Franklin, Ed Millson, Erasmo Dibel, Flor de Cactus (trio), Franck Seixas, Franklin, Grupo Celebr’Art, Grupo Couro & Corda, Henrique Guimarães, Jacqueline, Jandel & Jordão, Júlio Nascimento, Karlleyby Alanda, Lena Garcia, Lourival Tavares, Luís Carlos Dias, Nando Cruz, Neném Bragança, Núbia Távolla, Olívia Heringer, Paulo Maranhão, Plebeu & Nativo, Rael & Ricardo, Raimundo Paulino, Ray Douglas, Ray & Roger, San Estevan, Sanzio Rossiny, Suzanna, Valdenice, Victor Cruz, Washington Brasil, Wilson Zara, Zeca Tocantins e muitos outros.

A música sacra (católica, evangélica, gospel) é um gênero em crescimento. Os discos gravados (CDs, LPs) incluem, entre outros, os seguintes cantores e grupos: Adriana Dias, Ageu Santos, Alcides, Companhia Cristã de Fátima – Cocrifá (conjunto), Flor de Maria, Gerson Alves, Gilson, Ires, Lídia, Marcelino, Pastor Cleyton Alves, Samya.

Teatro

Pedro Hanay, o nome real era Pedro dos Santos Silva, ele fundou e dirigiu o Príncipe Teatro de Imperatriz, na década de 70. Foram encenadas diversas peças.
Grupo Oásis, fundado em 1978. Entre seus membros, figuras como Iramar Silva, Henrique Barros, Zeca Tocantins, Horácio Vilanova, Neném Bragança, Didi Praez, Graça Ferraz, Joanires (Jô) Santos, Mauro Sérgio Zafalon (Mauro Soh), Gilberto Freire de Santana e outros. Foram apresentadas peças como “José e Maria das Favelas” e Pé no Chão Migração”. O Teatro Ferreira Gullar é o epicentro das diversas manifestações, mas pessoas e grupos também mostram seu talento em igrejas católicas, templos evangélicos, escolas e instituições de ensino superior, praças e ruas.

Outros Produtores Culturais

Nas artes plásticas, existem nomes de Imperatriz nos diversos segmentos. Entre os nomes de antes e de agora, citem-se Aciole Bastos no artesanato, escultura e pintura; Abnaldo Ramos, pintura e escultura; Milena Vilela, artes visuais; Cláudia Sanches, pintura art-noveau; Dona Norma, professora de pintura; Maria Eterna Vilela, Penha Cimadon, Donny Ribeiro Santana, Zélia Mereb, Vitória Sósthenes, Mara La Rocque, Diana Oliveira e Lígia Saad, pintoras. Entre os homens, destacam-se, como pintores, Francisco Gonçalves, Ton Neves, João Mateus, Sílvio Matos, Leônidas, Reginaldo, Valdonês e outros. Um registro de destaque para o artista Aciole Bastos (já falecido), também artesão, que utilizava com preponderância material descartado pela natureza -- galhos, troncos, cascas, folhas, frutos, sementes, cipós etc. Expôs em São Paulo (SP), Brasília (DF), tendo merecido registros de apreciação até do ex-presidente da República Jânio Quadros.

Na fotografia, Antônio Pinheiro, Brawnny Meirelles, Japão, José Geraldo da Costa (educador, mas também fotógrafo de sensibilidade), Nonato Câmara (mudou-se do município), Paulo Gomes. A cidade tem duas associações que reúnem produtores de artesanato dos mais diversos estilos e usos de materiais. Uma das entidades é a Associação dos Artesãos de Imperatriz (Assari). Dança e Ensino – Existem grupos de dança folclórica (lindô, cacuriá etc.) e popular (street dance etc.). Destaque para a Companhia Sotaque de Rua, que trabalha com danças folclóricas e outros estilos ritmos. Há também academias de dança de salão e ballet, além de escolas de música, onde ensina-se a tocar instrumentos de teclas, corda e percussão. Em Imperatriz, registra-se que desde 1915 as irmãs e professoras Antônia Moreira e Delma Moreira já realizavam suas peças. Escolas como a Santa Teresinha também realizavam peças teatrais desde 1925. Na igreja, frei Ambrósio utilizava-se do teatro como recurso de catequese.

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