12 abril 2010

Associação Comercial planeja diminuir comércio informal em Imperatriz

Repórteres - Dilmara Tavares e Janaína Amorim
Editora - Kalyne Cunha

A Associação Comercial e Industrial de Imperatriz (ACII) faz planos para diminuir o mercado informal. Segundo Mauro Rangel, Gerente de Negócios da ACII, cerca de 40% do mercado imperatrizense é composto por comerciantes informais.A instituição já trabalha com o projeto Empreender realizado em parceria com o Sebrae. O projeto visa o desenvolvimento sócio-econômico e a geração de emprego e renda. A idéia da Associação Comercial e Industrial é expandir esse projeto.

Para incentivar a legalização do mercado informal haverá uma redução nos imposto, de 10 para 4% no Imposto Simples e de cerca de 3% para as micro-empresas. Serão realizadas consultorias gratuitas sobre noções de administração de empresas e de orientação aos trabalhadores informais sobre o que é a formalização. Realizar parcerias com a Prefeitura Municipal de Imperatriz, com o objetivo de facilitar a expedição de alvarás e reduzir o IPTU é outra estratégia da Associação Comercial.

O objetivo, afirma Mauro Rangel, “é desconstruir o pensamento de que pagar imposto é perder dinheiro”.Creusa Enilde Costa, proprietária de uma barraca de comida no camelódromo, assegura que “a possibilidade de legalização só é debatida por representantes públicos em época de eleição”. Para ela, a maior barreira para formalização dos negócios é a falta de oportunidade. A comerciante vê ainda uma maior possibilidade de reivindicação de direitos, quando o comércio é legalizado.Mauro ressalta a possibilidade dos próprios autônomos se organizarem como fizeram os vendedores de paneladas nas quatro bocas. De acordo com o gerente de Negócios, a panelada deixou de ser um problema, pois os ambulantes se uniram e o comércio já foi incorporado à cultura de Imperatriz.

José Pereira trabalha com a venda de comida nas quatro bocas há vinte anos. Ele conta que quando chegou eram apenas cinco barracas, hoje são cerca de 20. Com o trabalho mantém toda a sus família e a profissão já está se tornando uma tradição. Sua filha, Núbia Pereira, também vende comida há cinco anos.

O local reúne os mais diversos tipos de pessoas. “Aqui a gente encontra quase todo mundo, até doutor vem para cá”, disse o vendedor. Entre os clientes mais frequentes estão os taxistas, mototaxistas e vendedores que trabalham por perto. Além de panelada, os barraqueiros oferecem outros pratos como assado de panela, carne de porco, sarapatel e galinhada, mas ao responder qual o prato mais procurado, a resposta é unânime “panelada”.

Potencial Econômico

Com a economia baseada no comércio, Imperatriz é o segundo maior centro econômico do estado. Diversos fatores colaboram para essa colocação, entre eles, a localização geográfica que facilita o escoamento de mercadoria para os demais estados do país e o número de habitantes, sempre crescente. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade possui 236.691 habitantes, tornando-se o segundo município mais populoso do Maranhão. Situada à margem do Rio Tocantins e cortada pela BR 010, a cidade conta com a Ferrovia Norte-sul, o aeroporto Prefeito Renato Moreira e a recém-inaugurada ponte Dom Affonso Felippe Gregory, que interliga os estados do Maranhão e Tocantins.

Imperatriz está em cruzamento com os municípios de Balsas, Açailândia e o estado do Pará, que são destaques, respectivamente, na produção de soja, siderurgia e extração de madeira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário